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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Voltamos: como ser conservador na era do terrorismo digital

Antonio Pinho


Nosso blog da Juventude Conservadora retorna à internet após alguns meses.

Tive a ideia de criar tal movimento na UFSC após ter entrado em contato com o blog da Juventude Conservadora da UnB, de Felipe Melo. Via a urgência de levar tal ideia para o sul do Brasil, em virtude da delicada situação em que vive o povo brasileiro após uma década de um governo abertamente comunista, que apoia toda sorte de regimes autoritários, como Cuba, Venezuela e Iran. 

É para mim uma realidade altamente angustiante ver-se cercado por uma cultura e por um meio a cada dia mais e mais anticristão, contrário aos valores legados historicamente pelo Ocidente, cujo principal é o primado da liberdade da consciência individual perante Deus. É hoje inegável que há forças nacionais e internacionais que trabalham conscientemente para a supressão dessa consciência, em detrimento da qual se erguem as bases de um mundo novo, no qual a individualidade não tem lugar. Nesse novo contexto, a autonomia do indivíduo é nula, porque instâncias invisíveis e virtualmente onipotentes de poder – estatais ou não –, de ramificações globais, já decidiram o destino de todos nós. E o pior de tudo, não fomos consultados, nem muito menos sabemos o que se passa nessas instâncias de poder. Muito pior ainda, o cidadão médio nem sabe da existência de tais poderes, e do fluxo histórico em que vive. Fomos todos julgados e condenados, como se fôssemos personagens do misterioso e surreal O Processo de Kafka. Tal como K., não sabemos quem nos julga. Porém, entre K. e nós há uma diferença drástica: K. fora informado de que estava sendo processado, ao passo que nós não. Condenados como estamos, pelos globalistas, as penas já estão a ser aplicadas, e ainda assim continuamos sem ser informados. Tudo se dá no mais completo silêncio. Vivemos imersos numa mais perfeita revolução silenciosa.  

A América Latina caminha a largos passos rumo à formação de um grande bloco comunista, totalitário, cujo comando vem de Cuba. Para que isso não ocorra, cabe o início de um movimento nacional, consciente de sua missão diante da atual realidade política. Essa reação deva saber onde está o inimigo. Deve saber quem são os reais adversários e sua forma de ação. Para tanto necessitamos formar uma nova geração de pensadores conservadores que saibam onde está o inimigo, suas origens e forma de ação. Essa geração tem que ter uma visão coerente da realidade, exorcizada de todos os automatismos de pensamento e da mentalidade revolucionária de fundo marxista. 

O grande adversário da liberdade na América Latina é o Foro de São Paulo, fundado por Fidel Castro e Lula, e suas dezenas de ramificações partidárias. O comunismo cubano nos liga a poderes muitos maiores, como o bloco formado por Rússia e China, os quais apóiam tanto o sanguinário comunismo das Coréia do Norte, como o fundamentalismo islâmico enraizado em nações como o Iran e propagado por todo o Oriente Médio pela ação da Fraternidade Mulçumana. Respaldando todas essas ramificações de poder, encontra-se a doutrina política eurasiana de Alexandre Dugin, professor em Moscou, e mentor intelectual do regime anti-Ocidental de Putin, cuja meta maior é a destruição dos EUA. 

Além disso, a propagação do comunismo em nosso meio não estaria se dando com tanto sucesso se não fosse ancorada pelo marxismo dominante no meio da cultura – universidades e mídia. 

Colocados diante desse quadro, estando cercados por todos os lados – educação, cultura, mídia, política – cabe-nos fazer uma pergunta: o que fazer diante de tamanha rede de poder de intenções destrutivas e totalitárias?     
Antes de tudo, cabe-nos o estudo e a análise da situação, porque antes da guerra o inimigo tem que ser identificado. A primeira coisa é despertar, não se deixar ser enganado pelas ondas ideológicas em voga. E ocorre que hoje grande parte da intelectualidade brasileira está caminhando cega pela estrada globalista e esquerdista. Tendo formação precária não pode saber onde está o inimigo. O problema é que, como é fácil deduzir, a maioria absoluta da intelectualidade brasileira é parte do próprio inimigo, trabalhando inconscientemente, muitas vezes, para um propósito que desconhecem; servindo a um senhor cujo nome ignora.   

Para barrar esse avanço do marxismo em nosso continente cabe aos conservadores atuar também nessas duas frentes: mídia e universidades. Pois dessas duas frentes sairá o apoio para uma posterior atuação política. Seremos derrotados? Isso não importa, pois ao menos não incorreremos no pecado da omissão. Porque ver o mal e nada fazer é já praticar o mal. 
Aqui está nossa missão: reunir jovens universitários que estejam dispostos a estudar a atual realidade sócio-histórica e que atuem na cultura, numa verdadeira guerra cultural de longo prazo contra a guerra cultural silenciosa do marxismo. Movimentos universitários conservadores – como o pioneiro da UnB ou o da UFSC – têm uma importância histórica única, pois neles agora é que está se gestando uma nova intelectualidade a qual caberá restaurar nossa cultura ao alto nível que tinha até os anos 50/60 do século vinte – tempo em que a alta cultura brasileira se equiparava em muitos campos a alta cultura europeia –, antes maciça infiltração na esquerda marxista nos meios culturais, com o claro propósito de converter nossa nação ao comunismo, corroendo todas as suas bases cristãs. 

Cabe-nos defender os valores legados pela civilização Ocidental Cristã, os quais têm sido destruídos de forma vil. Cabe-nos defender a cultura contra aqueles que querem reescrever toda a história, olhando o mundo através do filtro maligno dos olhos destrutivos de Marx. Cabe-nos defender a verdadeira liberdade, a liberdade do indivíduo, contra toda forma de coletivismo totalitário, contra toda forma de Estado onipresente e onipotente. E essa luta inicia na cultura, nas universidades. 

Com esse pensamento nasceu o blog da Juventude Conservadora da UFSC: criar um veículo de informação e cultura universitária que quebrasse a hegemonia esquedista reinante. Foi uma luta inicialmente solitária. Não sabia se daria certo, mas sabia que algo tinha que ser feito. Logo foram aparecendo outros e mais outros. Uma rede de contatos e amizades muito rapidamente foi estabelecida, entre pessoas que tinham as mesmas ideias, propósitos e preocupações diante do atual estado de coisas. Em pouquíssimo tempo eu não estava mais só, e formou-se um grupo de estudantes que querem entender a atual sociedade, estudando-a. 

Muito rapidamente vi que a minoria conservadora não era tão minoria assim. A repercussão no blog foi muito além do esperado. Em um mês, o último em que ficou no ar, ele teve 12 mil acessos. Isso foi em meados de 2012, na época em que as universidades federais estavam em greve. Grande parte do causador dessa tamanha repercussão foi um artigo no qual tratei da falta de razão do movimento grevista dos professores. O artigo foi lido por milhares de pessoas, muitas das quais da própria UFSC. Ou seja, a universidade não ignorava nossa existência, muito pelo contrário, ouvia-nos. Não sei se a larga repercussão de meu artigo teve alguma influência nisso, mas o movimento grevista dentro da UFSC literalmente se dividiu. Nas primeiras assembléias quase a metade dos professores votaram contra a greve, que acabou durando pouco, terminando bem antes que a maioria das outras universidades federais. No fim das contas, o início das aulas no segundo semestre de 2012 foi minimamente prejudicado na UFSC, ao contrário de outras universidades, como a federal do Maranhão, na qual o ano letivo de 2012 só terminou em 2013, fazendo com que os alunos não tivessem férias de verão. 

O grande impacto que o blog da Juventude Conservadora da UFSC estava tento fez, obviamente, muitos inimigos dentro da esquerda. Toda a repercussão que narrei acima se deu em apenas três meses de existência do blog. Criado no início de junho de 2012, no dia 22 de agosto soube que ele estava misteriosamente fora do ar. Inicialmente pensei que fosse algo perpetrado por oposicionistas locais, mas o ataque que o blog sofreu foi algo a nível nacional. Vários outros sites e blogs conservares foram atacados exatamente na mesma época, como o blog de Julio Severo ou o Mídia Sem Máscara. Estava claro que era uma ação da esquerda articulada a nível nacional. Apesar da hegemonia da esquerda na grande mídia brasileira, tem se formado, na internet, uma mídia alternativa de alta qualidade e de grande repercussão. Basta ver o que ocorreu com o próprio blog Juventude Conservadora da UFSC, em sua primeira versão. Essa mídia alternativa e conservadora é a única na qual se pode confiar, e ela está chegando a um grande número de pessoas, quebrando o muro de silêncio da deliberada operação de desinformação da grande mídia. O pensamento conservador está sendo ouvido por cada vez mais pessoas pela internet, e isso preocupa enormemente a esquerda, que luta por manter sua hegemonia. E, para não perder a batalha na internet, a esquerda retorna às suas raízes de guerrilha. 
Como é possível ver na própria página oficial do PT, o partido de Lula está deliberadamente promovendo o banditismo virtual. Findo o tempo da guerrilha armada, do período militar, o PT e toda a esquerda passaram três décadas lutando somente na silenciosa guerra cultural para inculcar em todo o povo a mentalidade esquerdista e revolucionária. Agora retornam a guerrilha, só que não tem mais o fuzil na mão, e sim o computador. Para exemplificar essa nova forma de terrorismo, em maio de 2012 o PT realizou, no Paraná, um encontro sobre “militância virtual” (1). Quem conhece o passado de José Dirceu e Dilma – além de tantos outros –, inegavelmente ligados ao terrorismo de esquerda, que assolou o Brasil nos anos 60 e 70, sabe que no dicionário do PT “militância” é sinônimo de “guerrilha”. Isso confessa o próprio PT em seu site oficial, no qual localizei um artigo que faz uso aberto da expressão “guerrilha virtual”. O mesmo artigo reproduz as palavras de Sérgio Amadeu da Silveira numa deliberada defesa de ações de hacker na internet para uso político. Reproduzo aqui parte desse artigo:


“[...] a comunicação em rede abriu espaço para pequenos e importantes atores. Décadas depois, os hackers, que surgem nos anos 60 com a utopia “democratizar a informação é democratizar o poder”, se juntam aos ativistas sociais e hoje o ambiente da internet se transforma em palco para inúmeras lutas, a partir da ação dos ciber e hackerativistas.
“A partir dos anos 90, os hackers se politizaram, porque boa parte integra o movimento de Software Livre e, de repente, teve que passar a enfrentar o Estado para poder exercer seu hobby, que é desenvolver códigos e compartilhar conhecimento. Tiveram que se coletivizar para enfrentar as leis de propriedade intelectual, que se enrijeceram no mundo inteiro”, explicou Sérgio Amadeu.
“Hoje, uma das maiores expressões globais no novo ativismo digital são os Anonymous, um modelo de ação que nasce nos Estados Unidos entre ativistas, artistas e hackers e que passou a ter importância no mundo inteiro. Usando as técnicas do hackeamento e da hipertrofia, realizaram a Operação Payback, em protesto à retirada do site do Wikileaks pelos Estados Unidos e ao corte do financiamento do site de denúncias através de cartões de crédito.
““Quando fizeram isso, já havia 800 espelhos idênticos do Wikileaks no mundo. Ao mesmo tempo, sobrecarregaram o servidor dos cartões de crédito até ele cair, gerando milhões em prejuízo em todo o mundo. Isso é hipertrofiar, inverter a lógica. Não é crime, é protesto digital”, afirma Sérgio Amadeu. “A nova lógica dos movimentos, aqui na América Latina inclusive, onde Brasil e Argentina são pontas, não é mais “Proletários de todo mundo, uni-vos”. É “Hackers de todo o mundo, dispersem-se”, acrescentou.” (2)


Como assim, “não é crime, é protesto digital”? O que os hackers fazem? Derrubam sites, roubam dados, infectam computadores. Isso tudo é crime, seja qual for o propósito, político ou não. Porém, o PT e suas cabeças “pensantes” crêem que se é para ativismo político tudo vale, inclusive terrorismo digital.
    
Vemos então uma estranha coincidência, o PT em maio de 2012 realiza eventos de “militância virtual”, e em junho os sites conservadores são alvo de criminosos ataques. Não estou apontando responsáveis, mas há aqui algo bem estranho, você não acha? 

O óbvio é que o PT está formando militantes para guerrilha virtual, e isso não escondem de ninguém. O próprio site deles diz tudo. A mentalidade criminosa e terrorista do PT continua a mesma de seus fundadores, apenas mudaram de armas, jogaram as balas fora e se conectaram a internet para calar a boca virtual de seus opositores.  
   
O vínculo do PT com o terrorismo digital tornou-se ainda mais evidente quando foi divulgado que Ricardo Poppi Martins – militante do PT e coordenador-geral de Novas Mídias, cargo subordinado a Secretaria-Geral da presidência – foi para Cuba em fevereiro de 2013 participar de um evento “sobre técnicas de ‘ciberguerra’ e ‘novas formas de comunicação de rede e batalhas virtuais’” (3). Que intenção há no governo brasileiro em enviar um representante para a ilha cubana para participar de tal evento? Odiando mortalmente toda forma de pensamento conservador, Dilma e Lula vão obviamente acobertar toda forma de ataque a sites conservadores – já atacados em 2012 por criminosos até agora desconhecidos. 

Dominada toda a grande mídia, que se cala diante dos crimes do governo, alimentada por centenas de milhões de reais dos cofres públicos, resta calar as vozes dissidentes que resistem solitárias e dispersas pela internet. Vozes essas, felizmente, que estão incomodando cada vez mais gente.    

Referências:

(1) PT Paraná realiza encontro para militantes virtuais. http://www.pt.org.br/noticias/view/pt_parana_realiza_encontro_para_militantes_virtuais 

(2) Debate: Ativismo digital enfrenta desafios para ganhar ruas na América Latina. http://www.pt.org.br/noticias/view/ativismo_digital_enfrenta_desafios_para_ganhar_ruas_na_america_latina     
(3) Revista Veja, edição 2309, pág. 62-3.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Como me converti ao comunismo

Antonio Pinho


A lembrança ainda está bem nítida em minha mente. Estava eu na sétima série, sendo estudante de uma escola pública, localizada no subúrbio. A desgraça toda ocorreu numa aula de geografia. Seguindo o programa “normal” da disciplina, como assim a ordenava o MEC, chegara o momento de abordar os sistemas sócio-econômicos, ou seja, capitalismo versus comunismo. 


O livro didático louvava o comunismo como uma teoria maravilhosa, a salvação para a humanidade, ao passo que demonizava o capitalismo. O comunismo era perfeito, ao entender do autor, imperfeitos foram os que o colocaram em prática. Esse simples detalhe, esse pequeno erro em transpor a teoria à realidade gerou a desgraça toda que foi o século XX. Segundo o autor de meu antigo livro de geografia, havia dois tipos de comunismo, o ideal e o real. Colocados lado a lado, capitalismo e comunismo, pelo livro de geografia, passei a deplorar o sistema em que vivia e a sonhar com o dia em que o ideal do comunismo viraria realidade sobre todo o mundo. Foi nesse dia em que me converti ao comunismo. Nele tinha minha verdadeira fé. Eu cria que o comunismo transfiguraria a terra, tornada um inferno pelo capitalismo, num verdadeiro céu jamais visto na história humana. Naquele dia, naquela maldita aula de geografia, sai do reino da realidade para entrar no reino da ilusão. 


Terminada a oitava série, entrei por meio de concurso na Escola Técnica (atual Instituto Federal) para estudar o Ensino Médio. Lá a desgraça de minha ilusão só continuou. Seguidor do credo comunista como era, odiava os Estados Unidos e amava Cuba de todo meu coração, tendo seu grande líder na figura de um Santo, verdadeiro salvador daquela ilustre ilha caribenha. 


A “educação” que me foi dada pela Escola Técnica, em vez de me fazer voltar à realidade – fazendo-me sair daquele infeliz sonho comunista – só fez-me entrar em sonhos mais fantasiosos. Na primeira fase do curso havia uma disciplina que Relações Humanas, em que o professor fazia os alunos falarem diante da turma de algum tema dessa coisa (relações humanas) que até hoje não sei o que é realmente. Chegada minha vez, escolhi logo abordar o tema do imperialismo norte-americano. Falei sobre o tema para toda a sala, mesmo não tempo isso nenhuma relação com o tema da disciplina. Como eu poderia falar a turma, queria falar daquilo que me despertava tanto interesse, essa nefasta influência dos EUA sobre a cultura brasileira, destruindo-a e substituindo-a pela cultura global imposta pelos EUA. Em minha mente, essa ação destruidora da cultura norte americana afetava as relações humanas – que eu entendia como o modo através do qual as pessoas se relacionam/interagem – destruindo o modo de ser brasileiro, sua cultura e sua mentalidade, e em seu lugar estava sendo imposta uma cultura norte-americana, global e tirânica.  


O irônico é que esse modo de pensar, totalmente infantil, é idêntico ao modo como Alexander Dugin analisa o papel dos EUA diante da Nova Ordem Mundial. Como ficou claro no debate entre Dugin e Olavo de Carvalho, para Dugin a Nova Ordem Mundial é coisa dos EUA, e são os EUA que estão impondo a todo o mundo seu modo de vida, sua cultura, em detrimento das culturas locais. Para Dugin, como para mim quando era adolescente, a homogeneização do mundo rumo ao modo americano de ser era uma obra consciente e destrutiva dos EUA. E isso deveria ser barrado, pensava eu, imaturo adolescente, e hoje pensa Dugin, homem altamente culto e mentor da geopolítica da Rússia. Eu queria que os EUA fossem destruídos, como hoje quer Dugin. Tanto isso é verdade que fiquei radiante de alegria, quando estudante de oitava série, cheguei em casa e na TV vi a imagem de Nova Iorque coberta de fumaça. Era 11 de setembro de 2001. Quem sabe este é o início do fim dos EUA, eu pensa cheio de esperança. 


Na Escola Técnica o tempo passou e vieram as aulas de sociologia. A disciplina nada mais era que um pretexto para fazer apologia de Cuba e do comunismo. Lembro-me muito bem dos discursos da professora defendendo o sistema econômico cubano, como ele era justo e melhor que o modelo estadunidense. A lavagem cerebral operada em sala de aula, principalmente nas aulas das disciplinas de ciências humanas, era aprofundada nas palestras que os professores organizavam. Lembro-me de palestras que defendiam a economia comunista e o desarmamento. Houve até uma palestra sobre antitabagismo, outra bandeira esquerdista. O mais escandaloso de tudo foi a palestra dada por um cubano que foi a Escola Técnica elogiar o sistema cubano e a ditadura sangrenta de Fidel Castro, tudo ilustrado com slides de fotos da ilha cubana da fantasia. Deu-nos o palestrante um quadro completamente radiante da ilha de Fidel Castro, que dava vontade a qualquer um de conhecê-la pessoalmente, ver suas maravilhas com os próprios olhos, e não apenas por fotos.


Terminado o Ensino Médio, o serviço estava completo, e eu tornara-me um amante e defensor da revolução comunista mundial. Os mentores do MEC tinham conseguido em mim aquilo que queriam. Minha educação, dentro do propósito para o qual fora planejada, havia sido um completo sucesso. Acreditava nos principais pontos da agenda globalista, como o controle da natalidade, desarmamento, superação dos estados nacionais e redução populacional. Quando iniciei a votar, logicamente votava com o PT, assim como meus professores. E assim ajudei o mais detestável e corrupto presidente do Brasil chegar ao poder, para poder transformar o Brasil numa Cuba bem maior, de dimensões continentais.    


Fiz vestibular para cursar Letras numa universidade federal, e lá o trabalho teve prosseguimento. Todos meus professores de literatura brasileira ou de teoria da literatura eram esquerdistas. Um inclusive – segundo vim a saber muito tempo depois – fora membro do partido comunista da argentina. Esse professor é declaradamente gayzista, e em vez de dar aulas de literatura, defendia em sala de aula a retirada dos crucifixos de lugares públicos e da aprovação do casamento gay. 


Diante da deplorável situação que entrava na universidade, apesar de seguir o curso até me graduar, comecei desde cedo a estudar por conta própria – ler o que meus colegas nem imaginavam em ler – e a descobrir a verdade. Não sei como, eu estava numa universidade tomada pelo marxismo cultural, e passei a sentir cada vez mais uma aversão a esse meio em que convivia. Quem sabe, por ação divina, meu comunismo foi dando lugar a realidade novamente. Aos poucos, estudando só, ainda nos tempos de minha graduação, fui me livrando de meu doentio esquerdismo. É um mistério sobre mim que ainda não entendo plenamente. Estando num ambiente universitário em que a revolução comunista era o ar que se respirava, tornei-me conservador. Creio que em grande parte isso de deveu as leituras que busquei por conta própria. Iniciei na filosofia a ler Platão, Plotino, São Tomás de Aquino e Santo Agostinho. Sofri lentamente, então, uma nova conversão, do comunismo ao cristianismo. As páginas dos diálogos de Platão e as obras de São Agostinho foram minha vacina contra a esquerdopatia que eu contraíra na educação pública. Seus textos clássicos foram um balde de água jogado sobre mim durante um longo sobre. Então, num salto, acordei para a realidade.      


Fora da escola, por esforço próprio, tive que buscar me livrar de tudo lixo comunista que tantos professores tenham me enfiado na cabeça sem pedir minha permissão. Felizmente há o livre-arbítrio. Somos todos livres. Assim, de posse de minha liberdade, livrei-me de Marx e de seus discípulos. 


Lá na origem de tudo, de todo o mal, estava um maldito livro de geografia. Agora é com revolta que vejo que as atuais crianças são educadas em novos manuais ainda mais descaradamente marxistas, distorcendo todos os dados objetivos da história e da sociedade para a favorecer a visão doentia de mundo comunista. Há hoje um livro de geografia que afirma:


“A maneira como o capitalismo se organiza e se desenvolve tem sido apontada como a principal causa dos grandes dilemas que enfrentamos, ou seja, esse sistema não tem sido capaz de assegurar uma convivência harmoniosa entre os seres humanos e destes com a natureza. Nessa perspectiva, muitos estudiosos afirmam que a profunda crise pela qual passa o mundo de hoje é gerada pelo sistema capitalista”. (p. 49) (1)   


Vejamos só o que o livro fala de Cuba:


"Esse governo, de natureza ditatorial, introduziu uma ampla reforma agrária, eliminando os latifúndios, e passou ao controle do Estado os meios de produção, nacionalizando as empresas estrangeiras. Além disso, priorizou de maneira absoluta os setores de saúde e educação, fato que proporcionou uma expressiva melhora nas condições de vida da população.”
(...)
Mesmo sofrendo o embargo econômico promovido pelos Estados Unidos, Cuba conseguiu colocar em andamento as reformas econômicas planejadas pelo regime socialista. Isto foi possível com o apoio que o país recebeu da União Soviética, seu mais importante parceiro comercial. A União Soviética adquiria grande parte do principal produto cubano: o açúcar.”


Nosso governo comunista dominado por um partido insano, comandado por um homem mais insano ainda, Lula, está distribuindo esse livro por todo o Brasil, formando milhões de novos idiotas comunistas, ovelhas dóceis a aceitar o socialismo e a Nova Ordem Mundial. Ovelhas a continuar a votando no PT, perpetuando-o no poder, até que todas as antigas estruturas de um mundo cristão tenham sido destruídas, substituídas por globalismo, abortismo, gayzismo, socialismo, e todos os demais ismos que persistem em não ir logo para a lata de lixo da história. Mas continuo tendo a convicção de que um dia o comunismo será derrotado, irá para o nada. Se isso não se der for forças humanas, será pela força divina.


Um dia Fidel Castro, Lênin, Stalin, Cuba, Marx, União Soviética, comunismo e tudo mais não serão mais recordados. Nesse dia existirá uma nova ordem verdadeira, não dá ONU, de Soros, de Rockfeller, dos Bilderbergs, mas de Nosso Senhor Cristo. Essa Nova Ordem não será mundial apenas, mas cobrirá todo o cosmo. Dentro dessa Ordem se tornará completo o plano original de Deus para a história humana. Dentro da Ordem divina haverá a perfeição na eternidade, na qual seremos guiados face a face pelo Criador de todas as coisas, a Verdade do Verbo.    



Referência:

(1) Clauber Cristofen Pires. Doutrinação ideológica escolar: Geografia vivência e espaço, 8º ano. http://www.midiasemmascara.org/artigos/educacao/13860-doutrinacao-ideologica-escolar-geografia-espaco-e-vivencia-8oano.html  

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A liberdade do feminismo

Antonio Pinho

O marxismo, como religião sem Deus, também tem – numa imitação satânica e invertida do cristianismo – seu decálogo. Num de seus mandamentos está escrito o seguinte:
Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais mesmo que não relacionados com a causa comunista”. (1)
Que relação teria a luta pela libertação da mulher e a causa marxista da revolução mundial? Tem total relação. O marxismo como um verdadeiro vírus implantado no mundo das ideias, em especial destinado a destruir o Ocidente cristão, visa corroer todas as relações humanas, todas as estruturas sociais, em especial a família. Se o cristianismo fundou sua civilização no amor, o marxismo a corrói fundando uma sociedade baseada no ódio. Daí a importância em fragmentar a sociedade em grupos antagônicos, hostis entre si.
São vários os meios que o marxismo cultural tem se usado em sua tarefa de corrosão da sociedade. A guerra dá-se em múltiplas frentes. Feminismo, gayzismo, ideologias de gênero, movimentos indígenas e negros são formas de ir dividindo a sociedade em grupos antagônicos, bem como diz um dos mandamentos do decálogo marxista que citei aqui. É a velha tática de guerra de dividir para conquistar. Uma nação dividida torna-se fraca e logo se transforma em alvo fácil a conquistadores bárbaros além-fronteiras. O Império Romano dividiu-se em Ocidental e Oriental e depois viu-se varrido por hordes de tribos germânicas, sem capacidade para se defender.
Hoje o Ocidente encontra-se novamente dividido, não no plano geográfico, mas no plano da cultura, da ideologia, das ideias, etc. O inimigo não está fora. Ele não é um determinado povo de uma determinada região. Os inimigos, os novos bárbaros, estão em nosso meio, em nosso próprio pensamento condicionado em formas esquemáticas de raciocínio, em meia dúzia de frases feitas como se fossem a pura expressão da realidade. Uma dessas frases, por exemplo, é que a Idade Média foi uma época de escuridão, de falta de liberdade, de ignorância e de opressão por parte da religião. Ou ainda de que o cristianismo representa obscurantismo, repressão, decadência. Nada mais falso. O condicionamento de nosso pensamento por parte de uma cultura deformada pelo marxismo faz-nos associar Idade Média e o cristianismo à imagem de fogueiras queimando milhões de seres humanos culpados como hereges. Nada mais falso e fora da realidade dos fatos, pura falsificação da história, ou melhor, pura destruição da história do Ocidente. O alvo dessa ação destruidora da história é sempre um, o cristianismo, o elemento mais fundamental e característico do Ocidente. A Idade Média, tão demonizada pela mentalidade marxista/revolucionária, não produziu guerras mundiais com milhões de mortos. A Idade Média produziu ou preservou todas as bases sobre as quais se ergueu a liberdade, a prosperidade econômica, a arte, a filosofia, a ciência, o direito, em suma, a civilização. Os mortos no período da inquisição foram muito poucos, e as pessoas condenadas eram executadas pelo poder político, e nunca pela igreja. Não há como comparar a inquisição à ação destruidora das revoluções modernas, desde a francesa. Essas revoluções unindo-se numa ideologia claramente anticristã exterminaram milhares de vezes mais, de forma criminosa, genocida.
Nossa sociedade tem, então sido dividida em grupos antagônicos: héteros versus homossexuais, mulheres versus homens, brancos versus negros e índios, empregados versus patrões, etc. A coesão social dilui-se, e em seu lugar ergue-se o ódio entre esses grupos. Ou melhor, cria-se o ódio e a divisão onde não havia.
O feminismo, como mais uma frente de atuação da revolução, divide o mundo entre homens e mulheres, entre opressores e oprimidas, e conclama as oprimidas a odiarem os opressores. O elemento unificador entre homem e mulher, o amor, e substituído pelo ódio.
Um desses raciocínios condicionados pela propaganda esquerdista é que o Ocidente cristão oprimiu historicamente a mulher. Na verdade foi o cristianismo que deu verdadeira dignidade a mulher. Um exemplo é a indissolubilidade do matrimônio. Antes, no mundo pagão greco-romano, o homem poderia a qualquer hora, sem motivos, dispensar a mulher, a qual ficava só, sem os filhos e sem bens. Tinha apenas o direito de levar seu dote. Aquela que não tivesse sorte de casar novamente ficava numa situação muito delicada social e economicamente. O caráter sagrado e indissolúvel do casamento cristão deu mais segurança e dignidade à mulher. As cartas de São Paulo são claras sobre o respeito e o cuidado que o marido deve ter com sua esposa. No cristianismo a mulher não é aquela que só gera os filhos ao senhor do lar, ela tem igual dignidade que seu marido, pois são os dois “uma só carne e um só espírito”. Essa concepção não havia no paganismo, no qual sim a mulher ocupava uma posição bem inferior socialmente.
No mundo pagão greco-romano as mulheres não podiam ocupar cargos de comando, como reinar uma nação. No cristianismo isso mudou. Ao longo da história dos reinos cristãos são várias as mulheres que reinaram, como no Reino Unido. No Brasil, muito antes da dona Dilminha, a Princesa Isabel foi a primeira mulher a governar, durante as viagens de seu pai, Dom Pedro II. Somando todos os períodos em que ela governou, o total dá mais que tempo que um mandato presidencial. Então, ainda no século XIX a Princesa Isabel – governando um império oficialmente católico – foi a primeira mulher chefe de Estado no Brasil.     
Podemos ver, portanto, que no mundo cristão homem e mulher têm a mesma dignidade, mas são reconhecidamente diferentes – o que também é um fato biológico que não é possível de ser negado. E falar que são diferentes não significa que um sexo seja melhor que outro. Diferença não implica em superioridade ou inferioridade. O discurso feminista/esquerdista parece não conhecer a história do Ocidente cristão (na realidade quer é reescrever a história). Seu discurso nada mais é do que meia dúzia de frases feitas, pensamentos condicionados pela lavagem cerebral da mídia e da educação esquerdista. É um discurso cuja origem as próprias feministas desconhecem, ignorando – ao que parece – seus propósitos. O feminismo, como todo movimento revolucionário, tem uma dupla natureza, uma na aparência – que se mostra em seu discurso oficial – e outra oculta, que mostra a real natureza e revela-se quando a teoria vira prática. Em teoria o feminismo é um movimento pela libertação da mulher e pela melhoria de sua condição social. Esta é sua casca. Quando posto em prática mostra-se o inverso. O discurso pela libertação da mulher transfigura-se na real alienação da mulher, sua escravidão. É tal como o marxismo que na teoria é a libertação do proletariado, ao passo que na prática foi sua total escravidão. A libertação do proletariado às amarras que a burguesia o submetia, revelou-se a submissão a um senhor muito mais cruel: o Estado. Com a mulher dá-se o mesmo processo. A libertação da submissão da mulher ao homem entrega-a um novo senhor também muito mais severo: o mercado de trabalho. Se entes a mulher era livre entre escolher criar os filhos ou trabalhar fora (ou fazer os dois), agora, num cenário corroído por ideologias revolucionárias, resta apenas uma opção, o mercado de trabalho, que sendo o único caminho claramente não é mais uma opção, mas uma imposição. Com uma maior oferta de mão de obra, em virtude da entrada maciça das mulheres no mercado de trabalho, os salários caem. E com os salários cada vez menores dos maridos, aquilo que antes era apenas uma dentre outras opções, passa a ser a única escolha. A mulher é obrigada a trabalhar fora para complementar a renda familiar. Então há um círculo vicioso que submete a mulher cada vez mais ao mercado, e na origem está a atuação do feminismo a piorar a situação da mulher na sociedade. O trabalho feminino antes optativo, passa a ser compulsório. Há também na ausência da imposição econômica, a imposição ideológica, que faz a mulher erroneamente se sentir inferior por ser dona de casa. O feminismo faz a mulher crer que para ser livre e plena dever ter sua independência financeira. E a perda da estabilidade dos casamentos, com uma cada vez maior facilitação do divórcio, faz a mulher sentir-se obrigada a seguir inconscientemente a cartilha feminista, pois deverá ter como sobreviver após uma separação. Mas a atual fragilidade dos casamentos é já fruto de um enfraquecimento da influência social do cristianismo. As pessoas podem continuar nominalmente cristãs, mas isso não mais influencia decisivamente em seu comportamento. Também as leis tendem a se afastar de suas bases cristãs, sob as quais foram inspiradas. A perda do cristianismo como base do comportamento social  e da natureza das leis leva a uma conseqüência lógica que é a fragmentação da família e a uma deterioração da dignidade da mulher, que de companheira do homem e sustentáculo da família na criação dos filhos passa a objeto de satisfação sexual do homem. A feminista, que busca numa relação com o homem não a constituição de uma família mas apenas o prezar sexual, converte-se ao homem em objeto, coisa. Então o feminismo transfigura-se em seu contrário, o machismo. Se a relação entre os sexos era marcada pela diferença, passa agora a ser de fato desigual, estando a mulher num status inferior. Quando a mulher envelhece o homem troca-a por outra mais jovem. A luta feminista pela igualdade, assim, releva-se como a luta pela destruição da diferença e a instauração da verdadeira desigualdade. Num mundo antes mais estável dentro do casamento dá lugar a um mundo caótico e inseguro, principalmente para a mulher, cujos medos são divórcio, solidão, velhice.   
A segurança e a estabilidade, que antes a mulher buscava no casamento e na constituição de uma família, são substituídas pela busca da segurança e estabilidade financeira realizada no trabalho, o que nunca se realiza de fato, devido a falta de solidez das atuais relações de trabalho. É a redução marxista da natureza humana ao trabalho. No marxismo é o trabalho que cria o ser humano, então sem trabalho não há sentido na existência. O sentido último da vida de uma feminista é o trabalho, no qual não se pode encontrar esse sentido. O sentido da existência se realiza na família tradicional, que o feminismo tanto tem colaborado em fragilizar e destruir. O sentido da família cristã é o caminhar rumo à salvação da alma. A família marxista é um bando de células perdidas na coletividade cuja meta última e mais elevada é o trabalho, que o tempo reduzirá ao nada.
Concretiza-se a proposta que o Partido Comunista defendia desde o século XIX: trabalho compulsório a todos, homens e mulheres. Aqui fica mais uma vez evidente que o discurso pela liberdade é na realidade o discurso pela perda da liberdade. O direito pela escolha deixa de existir.
Quando a mulher é obrigada a trabalhar, a educação de seus filhos deixa de ocorrer no meio familiar e é entregue ao Estado. Submetendo os filhos ao Estado, a mãe fica também submetida ao Estado. A educação estatal, infiltrada de estruturas e doutrinas revolucionárias, não se destina a libertação da criança pelo conhecimento científico. Muito pelo contrário, a criança compulsoriamente entregue a educação oferecida pelo Estado é, na verdade, colocada nas mãos daqueles que estão interessados a destruir as tradições familiares – valores morais e religiosos. Ao Estado, infiltrado por todos os lados pelo marxismo, interessa educar as crianças de modo a inculcar nelas o modo revolucionário de ver o mundo, ou seja, de modo invertido. A educação estatal converteu-se em mais uma das frentes nas quais se opera a revolução. As crianças são doutrinadas a mentalidade marxista sem ter consciência do que está ocorrendo, e a doutrinação revela-se uma lavagem cerebral. A mãe, sem perceber, tem seu filho roubado espiritualmente pelo Estado.
A educação estatal e o feminismo acabam trabalhando juntos pela subversão da família, com o propósito de destruí-la. Isso ocorre porque os articuladores da revolução, ao longo do tempo, perceberam que a família é uma forte barreira a concretização da própria revolução. Isso ocorre porque é na família que os valores tradicionais são transmitidos. Para destruir esses valores é necessário destruir a família. Mas antes, cumpre afastar o máximo possível os filhos de seus pais, minimizando senão anulando a influência dos pais na educação dos filhos. Vemos que, no fim, o feminismo revela defender algo bem diferente do que a mulher. O feminismo defende o Estado, ou melhor, pela onipresença e onipotência do Estado. A vitória do feminismo é a derrota da família. E a derrota da família, nesse contexto, é a derrota da verdadeira liberdade, a liberdade do indivíduo. Em última análise, a vitória do feminismo é a derrota do feminino.     
Um mundo no qual não há a verdadeira liberdade, não há a diversidade que o discurso esquerdista tanto defende. A diversidade é aceita só se for dentro da visão de mundo esquerdista, todos os valores tradicionais devem ser excluídos desse mundo da diversidade. O próprio discurso feminista/revolucionário é cheio de contradições, enganos e mentiras. É um discurso fora da realidade. É um discurso que inverte a realidade, fazendo da submissão total ao Estado uma nova ideia de liberdade. Com isso, nosso sentido de escravidão passa a ser rotulado por liberdade.      
Por último, resta lembrar que o feminismo realiza-se como mais uma forma de ideologia anticristã. O grupo feminista Femen mostra-se claramente anticristão. No dia da renúncia do Papa Bento XVI, as ativistas da Femen logo apareceram na catedral de Notre Dame, e no peito nu de uma estava escrito: “Pope no more”. Sob o disfarce de defender a mulher, essas ativistas aproveitam toda a oportunidade para ofender os cristãos, especialmente a Igreja Católica e a Ortodoxa. Que relação pode haver entre a defesa da dignidade da mulher e profanar missas ou cortar cruzes? Ficar seminua em praça pública, com os seios a mostra, com o corpo rabiscado de blasfêmias, gritando raivosamente, e ter depois essas imagens estampadas nas capas dos jornais. É assim que a Femen age. Talvez poucas formas de destruir a dignidade da mulher sejam mais eficazes. É tal como a famosa “marcha das vadias”, promovida também por feministas, que se espalha por vários lugares do mundo. Agora defender a mulher é chamá-las de vadias enquanto se sai em marcha pela cidade. É patente a alienação dessas ativistas da Femen e da marcha das vadias em relação à realidade, porque fazendo algo extremamente degradante pensam estar realizando o mais elevado ato de altruísmo para as mulheres. Como é possível estar assim diante da realidade, fazer parte dela, e não enxergá-la, e ainda invertê-la? Não seriam casos como esses – Femen, marcha das vadias – novas formas de esquizofrenia, agora manifestadas não num ou noutro indivíduo, mas coletivamente?
No momento em que o marxismo parece ter desaparecido, após a queda do muro de Berlim, ele toma novos disfarces, assumindo outros nomes, como ideologia de gênero, feminismo, direito dos gays, ambientalismo, etc. Hoje a maioria acha que o comunismo é coisa do passado. É claro, pois o comunismo hoje é como o ar. Sendo invisível, está por toda a parte, e é por isso mesmo que ninguém o vê.     

Referência:
(1) Leo Villaverde. A Natureza Mística do Marxismo. Pág. 233.