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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Capitalismo versus ambientalismo

Antonio Pinho

Enquanto o Rio de Janeiro se torna a capital mundial dos eco-chatos da ONU, que lutam pelo fim da era industrial, na reunião da Rio+20, temos que parar pra pensar e ver que o ambientalismo, em sua versão mais radical, pode ser ruim para a humanidade num futuro não tão distante. No fundo, temos que ver que governo mundial pelo qual a ONU luta, o comunismo, a revolução e o ambientalismo são todas faces de uma mesma intenção: a destruição do capitalismo e das democracias ocidentais.

A revolução marxista internacional, no seu atual estágio, apóia-se em três pilares fundamentais para a deformação da sociedade: o hedonismo individualista, o feminismo militante e o ambientalismo a nível mundial.
As mentiras da ONU na Rio+20 fazem parte do processo revolucionário levado a diante pelos agentes do comunismo universal. Temos que ter em mente que o processo revolucionário dos últimos três séculos tem agentes em comum, que operam nos bastidores da história, com influência política e financeira. As mesmas dinastias de banqueiros dos séculos XVIII e XIX ainda existem e têm ilimitados recursos financeiros. Dominam a indústria do petróleo e outros ramos centrais da economia global. Essas dinastias são célebres por apoiarem e financiarem todo tipo de movimento revolucionário, desde a Revolução Francesa.  
No limite, o movimento revolucionário – que cada vez mais expande seus tentáculos de poder pelo mundo afora – pretende claramente a destruição da civilização ocidental cristã, para a instauração de uma civilização globalizada (governo mundial), no campo político, e panteísta, no campo religioso. Tal empreitada faz-se por meio de ataques à velha ordem das soberanias nacionais, destruindo seus pilares: a pátria, a família e a religião.
Dos ataques à religião nem é necessário se falar muito, basta ligar o rádio ou a TV para ver um contínuo e explícito ataque às tradições cristãs. A literatura faz grandes estragos neste ataque. O código da Vince levou muitos a duvidarem e se afastarem de igrejas cristãs. A programação da TV nunca foi tão anticristã como nos anos 90 e 2000.
O feminismo, por sua vez, tem como alvo a destruição da família. A mulher é privada de sua liberdade entre a escolha de cuidar dos filhos, ou optar pelo mercado de trabalho. Sobra só uma opção autoritária: o trabalho. Com os baixos salários de seus maridos, as mulheres são obrigadas a trabalhar fora, para a manutenção do nível de vida da família. Seus filhos são educados (deformados) pelo sistema de ensino estatal de baixa qualidade, na qual as crianças são levadas a não mais respeitar a autoridade e as tradições familiares.
Nada mais claro na atualidade que a promoção generalizada do hedonismo pelos meios da mídia corporativa e da cultura: filmes, séries de TV, novelas, clipes musicais, concursos de beleza, campanhas publicitárias, educação sexual na escola, campanhas de distribuição de preservativos no carnaval, paradas gay, consumo de drogas, etc..  Hedonismo é a mais eficiente arma psicológica a destruir a liberdade individual. O sujeito algemado a vícios de drogas e de sexo acaba tendo uma enorme limitação no seu espectro de liberdade de escolhas. Os vícios lhe impossibilitam ter uma alma serena na qual se possa refletir sobre a realidade e as melhores opções para sua vida, a longo prazo. Isso porque o hedonismo leva ao imediatismo.  
O hedonismo deforma a alma dos sujeitos, pois lhes tira do campo de visão as questões fundamentais da vida – família, trabalho, religião, política – para que sua mente se ocupe, desproporcionalmente, com questões muito menores, como do cuidado do prazer do corpo. O comunismo quer sujeitos assim, roubados na sua liberdade individual, e sem o devido senso de realidade e das proporções. Ora, o comunismo tem uma lógica interna que é a própria inversão da realidade. Uma mente que raciocina dentro da lógica comunista não é capaz de ter a devida apreensão da realidade. Seus fundamentos históricos e filosóficos são falhos, e isso faz deformar toda a visão de mundo que tem o comunismo (marxismo) como campo teórico.  
Escrevi num artigo recente que sujeitos algemados a vícios não têm condições psicológicas para lutar contra um sistema político opressor. Pois como sua alma vai lutar por liberdade política, se já está aprisionada numa prisão psicológica? As elites intelectuais da esquerda sabem disso, e se utilizam da promoção do hedonismo cultural para a domesticação das massas. E os cartéis internacionais do tráfico de drogas fazem o resto,  intoxicando a juventude, tirando-lhe a saúde mental e física.
A cultura pop atua como arma psicológica na qual a aceitação da droga e do hedonismo são levadas à mente do jovem como entretenimento sem aparentes grandes consequências. O jovem que absorve essa “cultura” artificial e alienante acaba por perder contado com a cultura herdada por seus pais e avós. Morre a tradição.  
Mas a mais poderosa arma do comunismo, em sua fase atual, é o ambientalismo radical. Com ele fazem-nos crer que o capitalismo e a livre iniciativa estão destruindo o planeta. Portanto, é necessário um poder político cada vez mais centralizado, onipresente e onipotente para controlar a indústria e as trocas comerciais. O objetivo, a longo prazo, é baixar o padrão de vida da classe média nas regiões desenvolvidas da terra, fazendo a economia ter crescimento zero. Isso eles vão tentar conseguir com um estado altamente centralizado e poderoso, capaz de limitar a liberdade das indústrias. O imposto pelo carbono emitido já é parte disso. Sem a liberdade para produzir serão perdidos grande parte dos empregos qualificados, o que gera retrocesso no padrão de vida. Não haverá produção industrial em larga escala, nem mercado consumidor. Outro problema é a energia. Os obstáculos criados pelos ambientalistas à energia nuclear são altamente danosos para o desenvolvimento da indústria, portanto, para a economia. O fato é que o futuro do capitalismo depende cada vez mais de energia em abundância. E a energia nuclear tem a vantagem de ser mais limpa que a energia de combustíveis fósseis. Atualmente já há pesquisas no sentido de dar um destino mais limpo e ecológico aos resíduos das usinas nucleares. No futuro o desenvolvimento tecnológico vai minimizar bastante o impacto na energia nuclear. Ela pode ser uma ferramenta a desenvolver a economia de todas as nações, e erradicar a extrema pobreza na África, América Latina e Ásia. Com abundante energia para as indústrias, mais empregos são gerados, sobe o padrão de vida, aumenta-se o consumo e os produtos tornam-se mais baratos. A ciência pode ajudar na criação de produtos que usem matérias-primas mais baratas, abundantes na natureza e biodegradáveis. Todos ganham com o capitalismo, a democracia e o desenvolvimento tecnológico voltado ao bem-estar de todos os humanos. 
A lógica do capitalismo é inversa a do ambientalismo, e a do ambientalismo é totalmente comunista. Porque quanto maior é a oferta e produção de mercadorias, mais empregos são criados, mais fábricas se abrem, e a economia cresce e se desenvolve, fortalecendo e expandindo as bases do capitalismo no mundo. O capitalismo saudável não sobrevive sem liberdade individual e para as trocas comerciais. Os donos das indústrias devem estar livres para produzir e vender, e o povo deve ser livre para buscar sua própria prosperidade material e espiritual. Para tanto, a democracia é a base. Os totalitarismos levam ao empobrecimento generalizado da população operária, a mesma classe que o comunismo diz defender.
É um fato mais que comprovado que o comunismo é um movimento de elites bancárias e petrolíferas. Foram essas elites que financiaram a revolução na Rússia, em 1917 (1). Foram as grandes indústrias que também financiaram a ascensão do nacional-socialismo na Alemanha, que se dizia um movimento político popular. Nada mais falso do que dizer que as revoluções são movimentos de um povo descontente, porque é sempre o povo que sofre com as revoluções.
Os totalitarismos, uma vez no poder, não visam defender as massas, mas os grupos financeiros que apoiaram a tomada do poder, pois a base do totalitarismo é a falta de concorrência de mercado, ou seja, o monopólio. No monopólio, os lucros dos donos do poder econômico são astronômicos. Com isso o poder das elites financeiras torna-se gigantesco. Por outro lado, a lógica do capitalismo é justamente oposta a do comunismo: democracia, livre concorrência e poder descentralizado.
Mas os pensadores comunistas contemporâneos não defendem mais assaltos revolucionários ao poder, como na Rússia em 1917. Defendem sim mudar a face do capitalismo gradativamente, por dentro. Viram pela experiência das revoluções que esta tática é mais eficaz, pois é uma revolução silenciosa. Uma das principais armas é a guerra cultural, como falado acima: a cultura pop, as drogas, o hedonismo, a destruição da família, etc. Os comunistas atacam em várias frentes a cultura ocidental para ir modificando-a aos poucos, de geração em geração, para que os efeitos não sejam sentidos drasticamente, não gerando resistências violentas à revolução. Esta tática deve ser mais estudada pelos conservadores, para poderem construir novas formas de defesa contra a revolução/destruição da atual ordem capitalista.     
Quem defende a transformação do capitalismo em comunismo, gradualmente, por dentro, é o pensador marxista contemporâneo Žižec, num recente artigo (2). (Por acaso, ou nem tanto, é impressionante como Žižec tem sido estudado pelas esquerdas no ocidente, principalmente no Brasil, dentro das ciências humanas.) O principal argumento do comunismo é o poder de auto-destruição da indústria capitalista. Defendem que há uma catástrofe ambiental que pode destruir a humanidade, ou pelo menos destruir a civilização como a conhecemos. Por isso Žižec vê que o ambientalismo é ideal como forma de luta contra o capitalismo.
A base científica desse argumento é falha, pois não se comprovou até hoje a existência de uma catástrofe ambiental a nível global. Mesmo porque grande parte do planeta é formada por água, como todos sabemos, parte sobre a qual o poder de atuação do homem se limita muito. Nas poucas regiões secas, a atuação do homem pode criar desequilíbrios ecológicos localizados, mas nunca algo global, que possa nos destruir. Esta afirmação é defendida por climatologistas renomados, como o professor Luiz Carlos Molion (3). O problema é que, em matéria de clima, há muito interesse dos revolucionários comunistas pela destruição da atual ordem. Eles financiam muitas pesquisas e institutos que não têm um sério compromisso com a verdade, mas apenas em dar uma “credibilidade científica" para a tese falsa do aquecimento global. Infelizmente há muitos cientistas que, para receber gordas verbas de pesquisa, se corrompem e manipulam os dados para confirmar o aquecimento global, e o derretimento das calotas polares. A teoria do aquecimento global é totalmente errada, sem comprovação empírica. O professor Molion, numa entrevista que deu certa vez a Band, relatou que, na verdade, estamos entrando numa pequena nova era glacial. Sendo assim, as temperaturas médias, na verdade, estão diminuindo, e não aumentando. Há pouco tempo se descobriu que a área das calotas polares está aumentando. O professor Molion ainda disse que era preferível para humanidade um aquecimento do planeta. Pois, com o aquecimento, as regiões que hoje não servem a agricultura, por causa do frio, tornar-se-iam terras produtivas.   
De fato, nos últimos anos, tenho percebido que o tempo tem ficado mais frio, do que na década de 90. Mas há todo um complexo aparato de poder econômico e financeiro para ocultar a verdade das pessoas, e impor uma mentira sobre o clima da Terra. A ciência de verdade, por outro lado, contesta a tese do aquecimento global.
Se queremos salvar o planeta a longo prazo (se ele de fato estivesse em perigo), devemos incentivar o capitalismo, a democracia e o desenvolvimento tecnológico. Só um capitalismo baseado no comércio e na indústria pode gerar riquezas para elevar o padrão de vida médio de todos os habitantes da Terra. As pessoas com mais recursos poderão estudar mais, e se dedicar mais à ciência. Partes significativas das riquezas geradas pelo capitalismo devem ser direcionadas ao desenvolvimento tecnológico e a educação. É com mais escolarização de qualidade e ciência de ponta que salvaremos a natureza, e não destruindo o capitalismo.
É com um planeta populoso e com elevada tecnologia que a humanidade terá condições para sobreviver, pois quanto maior é a população, mais riqueza se produz, e mais recursos podem ser empregados em ciência. Se muitos se dedicarem a ciência (muitos mais que atualmente), logo o conhecimento chegará a níveis inimagináveis para quem vive hoje. Com esse conhecimento podemos criar um meio ambiente melhor, baratear a produção de alimentos, aumentando-a. Isso acabaria com a fome no mundo. Com elevadíssima tecnologia podemos até iniciar colônias na lua, e depois em Marte. Os cientistas do futuro vão planejar como alterar a atmosfera de Marte para receber humanos, animais e plantas. Mas para isso a população deve crescer, e o conhecimento aumentar. Isso só será possível aumentando-se a democracia, a liberdade individual e a liberdade de produção e comércio de mercadorias, dentro do capitalismo.
Infelizmente, o ambientalismo radical pode tirar essas magníficas esperanças do horizonte da humanidade. Se o comunismo vencer, não haverá nada disso que descrevia no último parágrafo. A economia se estagnará, bem como o desenvolvimento tecnológico, pela falta de concorrência entre empresas. Essas conclusões tiramos com base na experiência soviética. Descobriu-se que, na verdade, boa parte da tecnologia soviética vinha dos EUA, a maior democracia capitalista.    
O movimento ambientalista, dentro dessa lógica, é danoso ao bem comum da humanidade, podendo gerar um retrocesso em matéria de civilização e ciência. Por isso tudo, temos que ser radicalmente contrários a toda forma de comunismo, que sempre promove totalitarismos e opressão, quando posto em prática. Temos que ser também críticos severos do ambientalismo, a principal causa defendida pelo comunismo no século XXI.                  

Referências:
(1) SUTTON, Antony. Wall Street y los Bolcheviques. Disponivel em http://www.laeditorialvirtual.com.ar/Pages/Sutton_Anthony/WallStreet/WallStreet_00A_Tapa.html 
(2) ŽIŽEC, S. A verdadeira utopia. In: Guias de filosofia: Karl Marx, Ed. Escala, vol. 2, p. 72-78, 2012.

(3) MOLION, Luiz Carlos. Entrevista no Canal Livre (TV Bandeirantes): Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=JxC_JIwat9s