Páginas

sexta-feira, 25 de março de 2011

O perigo das revoluções modernas - parte I

O estudo da história é muito importante para nos mostrar tendências. A natureza humana continua, virtualmente, a mesma ao longo dos séculos. Sua constituição psicológica (cognitiva) permanece a mesma, por isso há uma tendência de repetição dos mesmos padrões de pensamento e atitude. Ora, a sociedade é um conjunto de individualidades. Sendo assim, as leis psicológicas que se aplicam aos sujeitos, se aplicam à sociedade. Há uma psicologia da coletividade, que é mostrada pela história e pela sociologia. Dessa forma, há tendência é que, literalmente, a história se repita, em lugares e situações diversas. Por isso creio que um criterioso estudo da sociedade e sua história pode nos fazer ver, com base em elementos do mundo atual, o que irá acontecer. E esse é um dos principais objetivos da ciência, antever fenômenos.

As revoluções da Europa moderna, começando pela Revolução Francesa, resultaram, todas elas, sem excessão, em regimes totalitários, baseados na força e violência. Se no início diz-se pela boca de alguns líderes políticos que se luta pela liberdade, o que se segue é desordem, caos, destruição, mortes... A vontade de alguns poucos tiranos acaba se impondo sobre a multidão ignorante dos verdadeiros motivos por trás das revoluções. Nesses acontecimentos dramáticos da história moderna o povo é somente um conjunto de peças de xadrez nas mãos de líderes revolucionários. O povo revoltado nunca sabe pelo que e por quem luta.

Há uma mesma causa por trás de todas as revoluções modernas. Tenho entrado em contato com muitos estudos sobre o assunto, e os autores são unânimes nas questões centrais de tais movimentos. Nos últimos 3 séculos, há um único direcionamento de todas as revoluções: a destruição da velha ordem baseada no cristianismo, na monarquia e em regimes de soberania nacional para a criação de uma nova ordem. Nessa nova ordem predomina a visão universalista. Ou seja, a superação dos estados nacionais, os quais passariam a fazer parte de organismo de governo global. Caminha junto a esse projeto secular, a substituição da sociedade cristã ocidental por outra materialista e globalizada. Um materialismo panteísta se instalaria em todas as partes. Uma mistura de todas as religiões, a qual seria a religião da nova ordem. Uma mistura de materialismo e panteísmo, algo ainda difícil de compreender para quem pensa dentro de uma lógica cristã, monoteísta. A nova religião será, portanto, falsa.

Mas o projeto religioso caminha junto com o projeto político-econômico. Conjuntamente, os revolucionários defendem a centralização as ações bancárias, exércitos, comércio, em fim, todas as estruturas sociais deixariam seu status nacional para serem globais. Portanto, o período revolucionário ainda não terminou. Na verdade, estamos ainda num período de transição da velha ordem para a nova. A diferença é que, no ocidente, tal revolução é agora silenciosa, muito discreta. As novas estruturas sociais são implementadas aos poucos, para que não sintamos. Assim, ninguém veria que entre nós ainda continua a existir uma revolução. Mas é certo que ainda há uma revolução, sem tiros ou incêndios: uma revolução silenciosa.

Como já foi dito, o perigo continua mesmo assim. A centralização global de poder é um perigo descomunal para a humanidade. O maior perigo por que já passamos. Pois daria poderes infinitos a uma pequena elite financeira. Todo o globo ficaria a mercer de suas vontades. Portanto, o poder de alguns seria pago com a escravidão de todos os povos do mundo, submetidos por uma casta de banqueiros bilionários.

Novamente recorro à história. O que ela mostra, desde Alexandre o grande, que há uma centralização cada vez maior de poder. Na Grécia de Platão cada cidade era independente. Após isso, com Alexandre, unificam-se as cidades em império, que absorveu o império anterior (o Persa) e cresceu. Veio Roma e absorveu o império de cultura helenística e cresceu ainda mais. Se há uma lei histórica é que as estruturas políticas e econômicas tendem sempre a procurar expansão de poder. Hoje o poder encontra-se nas mãos da elite financeira, dona dos maiores bancos do mundo. Elite esta que, por exemplo, financiou a revolução comunista na Rússia, que financiou a Revolução Francesa, que financiou a guerra do Iraque, que... O que os livros de história que lemos na escola não nos contam que o comunismo, que levanta tanto a bandeira de defesa do povo, na verdade é criação da cúpula das finanças globais. Será que os comunistas (pseudo-intelectuais) de hoje não sabem disso? Uma revolução demanda muito dinheiro e organização estratégica, e o povo por si só não tem uma coisa nem outra. O que nos mostra que nunca houve uma genuína revolução popular, mas apenas revoluções de elite, que se servem de massas manipuladas.

Temos que nos manifestar publicamente contra o governo mundial, que cresce como possibilidade real a cada guerra, crise econômica e revolução. E a primeira instituição a ser abolida é a ONU, pois a intenção dos banqueiros internacionais – que são sempre os que financiam as revoluções – é que ela cada vez mais centralize pode em si, para num futuro próximo se transforme em um governo global.

A sombra da Revolução Francesa ainda nos persegue. Persegue, agora, principalmente os povos mulçumanos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário