Antonio Pinho
Existe na Universidade Federal de Ouro Preto um “Centro de Difusão do Comunismo”, financiado com verbas do CNPQ, tendo em seus quadros 20 bolsistas.
Aqueles que criticam as realizações nefastas do comunismo costumam citar logo de cara a famosa cifra dos 100 milhões de mortos. Porém essas cifras são muito otimistas. Considerando que o marxismo é decisivo até hoje pela difusão de leis facilitadoras do aborto, a contagem de mortos sobe facilmente para 500 milhõe, vítimas do processo de construção da utopia de Marx (1).
É um dado amplamente conhecido que as universidades – e consequentemente todo o sistema de ensino, em seus diversos níveis – tornaram-se nada mais que caixas de ressonâncias da revolução comunista, por meio da infiltração do marxismo na cultura. Isso se dá fundamentalmente nas ciências humanas. No Brasil, praticamente não há departamento de ciências humanas que não esteja colonizado há décadas pelo marxismo cultural, em suas inúmeras variações. O marxismo diluiu-se tanto na cultura ocidental, que hoje ele é o ar que respiramos, como nos lembra Padre Paulo Ricardo (2). Essa diluição do marxismo é tamanha que se torna difícil identificar estruturas sociais, estéticas, comportamentais, leis, ou teorias acadêmicas que não tenham se transformado silenciosa e, de certa forma, inconscientemente em instrumento da revolução comunista. A isso se deve de que poucos hoje se declaram marxistas/comunistas, ou que conseguem detectar o triunfo do comunismo na cultura e na política. O senso comum crê piamente que o comunismo morreu junto com o fim da União Soviética. Mesmo assim, ainda surgem indivíduos abertamente comunistas, que se identificam como tal, e trabalham para difundi-lo no Ocidente.
Esse é o caso da Universidade Federal de Ouro Preto, que abriga um grupo que se denomina “Centro de Difusão do Comunismo”. Um núcleo de pesquisa que se dedicasse a estudar o comunismo e sua ação destrutiva ao longo do século XX não seria algo reprovável, muito pelo contrário, há a falta de grupos assim. Mas o tal centro não é apenas para o estudo acadêmico. Muito pelo contrário, sua preocupação é com a própria difusão de uma proposta de mundo que já matou meio bilhão de seres humanos. Se depender da universidade brasileira, o comunismo tem potencial para fazer muito mais.
De acordo com sua própria página, o Centro de Difusão do Comunismo é um “núcleo de estudo vinculado à tradição que se inspira em Marx e que defende o comunismo tem um objetivo seminal: a transformação da realidade” (3). Esse velho chavão comunista é sedutor, em teoria. Porém, na realidade concreta da história, as pilhas de cadáveres e as multidões de fetos abortados podem muito bem dizer o que significa “transformar a realidade”. Contudo, pensando melhor, a expressão em si não é contraditória, pois “transformar” não é sinônimo de “melhorar”. Pode-se muito bem transformar algo para a pior. E o marxismo é especialista em fazer isso. O objetivo dos comunistas de Ouro Preto é “lutar por uma sociedade para além do capital.”
O coordenador desse centro comunista é o professor André Luiz Monteiro Mayer, que tem um salário de R$ 8.839,53 por mês, como indica o Portal da Transparência (4). Enquadra-se, portanto, dentro da indigesta classe média, tão odiada por sua colega e igualmente comunista Marilena Chauí (5), que ao afirmar que odeia a classe média, demonstra lutar contra sua própria classe. André Luiz Monteiro Mayer, que defende uma sociedade “para além do capital”, deixa claro que sua intenção, como a de qualquer comunista, é a destruição do mundo que está aí (ato eufemisticamente denominado de transformação do real). Demonstra assim que sofre gravemente de paralaxe cognitiva, como diria Olavo de Carvalho. Ou esse professor ignora o elementar fato de que é um funcionário público? Sendo assim, seu salário é pago com o dinheiro arrecadado com os impostos, que, por sua vez, são pagos pelas empresas que sobrevivem dentro da economia de mercado, produzindo riquezas, o capital, contra o qual tanto se orgulha em lutar. Se o professor André Luiz Monteiro Mayer obtivesse total sucesso em difundir o comunismo no Brasil, planificando totalmente a economia, e abolindo a propriedade privada, certamente repetiríamos o exemplo de todas as nações que fizeram o mesmo: milhões de mortos de fome, e colapso total da economia, produzindo milhões de indigentes. Nesse cenário, provavelmente esse professor perderia seu emprego, pois o governo não teria mais verbas para arcar com seu generoso salário, alimentando um grupo que, com o triunfante comunismo, se tornaria totalmente dispensável, oneroso e desnecessário, pois a difusão estaria completa. Ou seja, o sucesso pleno do Centro de Difusão do Comunismo significaria seu próprio fim. A vitória do que esse professor defende implicaria em sua completa ruína profissional e financeira. A crise da União Europeia – que tem natureza fortemente socialista – tem feito com que os governos cortem gastos com o funcionalismo público, o que implica na demissão de funcionários, e o corte de bolsas de pesquisa.
Lembremos que, como indica sua página, o Centro de Difusão do Comunismo é financiado pelo CNPQ, e afirma possuir 20 bolsistas (6). A vitória, no Brasil, do comunismo que existe na mente desses sujeitos faria desaparecer essa aparente inesgotável fonte de dinheiro que sustenta essa orgia pseudo-acadêmica.
O dinheiro dos impostos pagos pelos capitalistas é, assim, empregado pelo governo no financiamento de grupos como esses que pregam a destruição do próprio sistema que os sustenta. Estamos ou não diante de mais um sério caso de esquizofrenia coletiva?
Referencias:
(1) J. Rummel. Marxismo: máquina assassina, Disponível em: http://www.midiasemmascara.org/artigos/movimento-revolucionario/14094-marxismo-a-maquina-assassina.html#.Uau7TU8Prrw.facebook
(2) Padre Paulo Ricardo. Revolução e Marxismo Cultural. Disponível em: http://padrepauloricardo.org/cursos/revolucao-e-marxismo-cultural
(3) http://www.cdc.ufop.br/
(4)http://www.portaldatransparencia.gov.br/servidores/Servidor-DetalhaRemuneracao.asp?Op=1&IdServidor=1137273
(5) http://www.youtube.com/watch?v=JJpK5mefsdY
(6) Informação disponível no site do Centro de Difusão do Comunismo (acessado no dia 02/06/2013).