Antonio Pinho
Ficou clara a manipulação da Rede Globo numa enquete em seu portal G1
sobre a questão do casamento gay, como deixou evidente o artigo de
Cristian Derosa (1). Aqueles que lançaram essa pesquisa de opinião deram
a entender que já tinham em mente um resultado desde o início. Queriam
apenas números para justificar uma engenharia social não democrática. O
simples fato de vários governos pelo Ocidente estarem tentando ao mesmo
tempo implantar leis gayzistas evidencia que não estamos diante de uma
mudança espontânea da sociedade, mas de uma estratégia de revolução
internacional dos costumes muito bem orquestrada e centralizada na ação
de certos indivíduos. A ONU com seus tecnocratas não eleitos decidiu que
casamento gay é direito humano, e tem imposto isso às nações que se
rendem a seu jugo.
O PNDH-3 do governo Lula – no qual há a promoção do aborto como
direito da mulher e do casamento gay como direito humano – foi
totalmente ditado pelas diretrizes da ONU, como o próprio texto
introdutório deixa evidente. O governo revolucionário de Dilma apenas
tem dado continuidade a ação destruidora da família já prevista pelo
PNDH-3. As leis são elaboradas na ONU, e cabe aos parlamentos nacionais
dar um verniz de legitimidade democrática às decisões autocráticas da
ONU. Essa entidade tornou-se em pouquíssimo tempo o órgão da revolução
mundial institucionalizada.
Esses tecnocratas da ONU já elegeram há muito seu modelo de futuro
para a humanidade, e não estão nem um pouco interessados em saber o que
cada um de nós pensa a respeito. Esse modelo de futuro para ser
implementado necessita da destruição do mundo antigo, e dos valores
daqueles que fazem parte desse mundo antigo.
O casamento gay é mais um golpe contra a família, como foi a mudança
nas leis de divórcio. Hoje muitos gostam de saber que há leis que
facilitam o divórcio, mas quando o divórcio é para os outros, porque
ninguém casa já pensando em separar. O mesmo se dá com o casamento gay,
“é bom mas se for para que os filhos dos outros, e não para meu filho”.
Não encontro outra palavra para isso que hipocrisia. Se algo é
naturalmente bom quero aquilo para mim também. Mas se digo que isso é
bom só para os outros e não para mim, isso não pode ser bom. O mesmo
vale para os ativistas pela liberação das drogas. Querem droga livre
para os filhos dos outros, não para o seu.
Está sendo demonstrado que o casamento está perdendo o sentido nos
países onde foi aprovado o casamento gay. Vai se alargando
artificialmente o sentido de família, até que no fim a família perde o
sentido. As novas gerações, dentro dessa cultura fabricada em
laboratório, deixam de ter a construção de sua própria família como meta
de vida, porque ninguém luta para conquistar algo que não tem sentido
ou valor. Além do mais, a propagação e divulgação midiática de casos de
pedofilia geram um efeito bem claro nos jovens: o medo de ter filhos, e
colocá-los num mundo degradado, cheio de pedófilos. Assim vai tendo
sucesso as medidas de engenharia social cuja grande meta é a redução
populacional em grande escala. Casamento gay, promoção da pedofilia,
feminismo, aborto, eutanásia, ambientalismo: são várias as frentes de
atuação dos revolucionários internacionais para criar um mundo
despovoado, ou melhor, um mundo com diminuta população mundial, no qual a
palavra família é um arcaísmo. Na mente dos revolucionários da ONU,
quanto menor é o gado (que somos nós) mais eficiente será o controle
estatal de todas as esferas da vida.
Agora é a vez do casamento gay. O que vai impedir depois de
casamentos entre três ou quatro mulheres, ou entre três homens, ou entre
um homem e seu filho, ou entre a mãe e sua filha, ou entre um homem e
uma cabra, etc. Para mim é praticamente certo que logo após a onda gay
virão ONGs defendendo essas “novas famílias”, e farão pressão junto aos
poderes públicos para ter sustentação legal para sua imoralidade.
O plano já está há décadas delineado pelos globalistas. A família teve sua morte decretada por eles. Vejamos que na distopia do Admirável Mundo Novo
não há famílias. Há apenas indivíduos impotentes perante um estado
onipotente, que controla todos os passos da vida, desde sua concepção em
laboratório, passando por uma educação estatal guiada por técnicas de
condicionamento mental, até a morte e a cremação do corpo, cujas cinzas
são reaproveitadas pelo Estado. Para o nascimento do Novo Homem,
planejado nos laboratórios da ONU, o novo homem do novo mundo utópico, a
família deve ser destruída, porque é a família a única barreira contra
esse totalitarismo mundial que nos espreita.
Para inculcar no povo que não adianta ir contra a maré, são
fabricadas e divulgadas aos quatro ventos essas pesquisas de opinião,
para mostrar aos conservadores que seu pensamento já está ultrapassado,
que é uma minoria, dando a entender que deve abandonar suas antigas
crenças, para adotar a nova mentalidade implantada nas massas por
sofisticadas técnicas de manipulação mental.
Estatísticas de pesquisas de opinião, dentro do atual contexto, não
valem nada. Ou melhor, se valem algo – se dos dados forem honestos, os
quais muitas vezes não são – é por mostrar que os globalistas com suas
inúmeras redes de poder e mídia têm obtido êxito alterar a mentalidade
das massas por meio de suas técnicas de controle comportamental,
desenvolvidas dentro da psicologia de B. F. Skinner ou em lugares como o
Instituto Tavistock.
Pesquisas de opinião não valem nada para o pensador sério, porque
elas medem, em teoria, apenas o fluxo das opiniões, sobre temas
pré-agendados pela média, temas sobre os quais está o foco da engenharia
comportamental. Opinião e verdade são palavras que denotam realidades
bem distintas. Uma sociedade justa deve se basear em valores verdadeiros
e objetivos, e não em opiniões.
Isso me faz pensar em Sócrates, que fez a sábia oposição entre
opinião e conhecimento (ciência). Quando certo dia ele decidiu sair
pelas ruas de Atenas e interrogar seus cidadãos, descobriu que eles
tinham muitas opiniões sobre os mais variados temas. Opiniões que
submetidas ao teste da famosa dialética socrática mostraram-se
totalmente infundadas e falsas. Viu que as opiniões eram como que véus a
encobrir o conhecimento verdadeiro da realidade. Sócrates não daria a
mínima para as atuais pesquisas de opinião. Imagino Sócrates hoje
percorrendo as ruas das grandes metrópoles, interrogando os ativistas
gays um por um, e destruindo opinião por opinião, argumento por
argumento. Ficaria apenas uma verdade, que todos aqueles com quem ele
dialogou tinham opiniões falsas sobre tudo. Sócrates não daria a mínima
para as pesquisas de opinião, porque ele diria que entre opiniões e a
verdade há uma imensa distância.
(1) http://ufscon.wordpress.com/2013/04/12/site-da-globo-faz-confusao-nas-enquetes-e-evidencia-manipulacao/