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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Mobilidade urbana em Florianópolis II

Há muito ainda a ser dito sobre a questão da mobilidade urbana na grande Florianópolis. Na crônica anterior sobre o tema chamei de “sórdida máfia” aqueles que controlam nosso sistema de transporte público. Não os conheço pessoalmente, só sinto no dia-a-dia, como usuário desse sistema, os efeitos nefastos que eles provocam em nossa região. Filas intermináveis, passagens custando o “olho da cara”, ônibus sem ar-condicionado e já antigos, etc... Acredito que há duas grandes soluções para o caos urbano que se anuncia em Florianópolis. Porque não dá só pra ficar criticando, batendo na mesa e não propor ideias para mudar a realidade. A primeira solução já foi citada por mim anteriormente. É o transporte marítimo. Dia desses eu caminhava pela beira-mar de São José e observei que no seu início – a parte mais próxima do centro histórico – seria uma ótima área para construir um “terminal” para receber os barcos que poderiam ir até onde fica o sambódromo, na ilha. De lá as pessoas iriam ao TICEN e embarcariam nos ônibus para o interior da ilha. A solução é fácil e barata. A segunda medida diz respeito à diminuição do preço da passagem. Como isso poderia ocorrer? Primeiro, temos que pensar no que faz a passagem tão cara. São dois fatores: o preço o óleo diesel e o lucro dos empresários que dominam o sistema. Para isso também há solução. A prefeitura deveria pensar seriamente em estatizar o sistema, eliminando assim o lucro dos empresários sobre preço final da passagem, o qual, dessa forma, poderia ser consideravelmente rebaixado. O preço da passagem deveria ser somente para pagar a manutenção dos veículos, o combustível e o salário de cobradores e motoristas. As empresas de transporte público não podem servir de fonte de lucro para meia dúzia de milionários, porque o dinheiro que vai para o bolso deles sai do bolso dos mais pobres. Isso é obviamente injusto. Outra solução é pensar num combustível mais barato que o óleo diesel. Para tanto a prefeitura poderia fazer uma parceria com o departamento de engenharia mecânica da UFSC, que oferece um dos melhores cursos de engenharia mecânica do Brasil, para o desenvolvimento de um motor para ônibus movido à eletricidade, por exemplo. Pronto, estão aqui algumas ideias para solucionar o problema do transporte público. Será que alguém vai me ouvir?

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